O Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) de Viçosa deliberou, em reunião virtual ocorrida nesta sexta-feira, 14, que só analisará a possibilidade de “atendimento religioso presencial” no dia 4 de setembro. Segundo o COES, as atuais circunstâncias são desfavoráveis à reabertura dos templos religiosos devido ao isolamento social ter caído ao índice de 40% e à alta taxa de ocupação de leitos de UTIs reservados para tratamento da Covid-19 no hospital da cidade. Trata-se da mesma decisão tomada em relação à reabertura dos clubes recreativos.

“No mesmo sentido da deliberação relacionada aos clubes recreativos, considerando a adversidade do atual cenário, com redução da taxa de isolamento social e relevante índice de ocupação de leitos de UTI destinados à COVID-19, o COES deliberou, por maioria, pela necessidade de avaliação do cenário epidemiológico dos próximos 21 (vinte e um) dias para, só então, transcorrido esse prazo, analisar a possibilidade de autorização de atendimento religioso presencial”, diz um trecho da ata da reunião do COES.

Os párocos das paróquias de Viçosa fizeram chegar ao Executivo Municipal um Decreto do arcebispo da Arquidiocese de Mariana, dom Airton José dos Santos, datado de 30 de julho, liberando a “reabertura gradual das igrejas e capelas, de celebração dos sacramentos do Batismo, Penitência, Unção dos Enfermos e Matrimônio”, com restrições.

O Decreto, no entanto, condiciona a retomada dessas atividades religiosas às determinações de cada município. “Aos municípios compete, seguindo a determinações superiores, a responsabilidade de constatar se já existem condições suficientes para a retomada gradual das atividades sociais, dentre elas, as atividades religiosas”, diz o documento.

No último dia 5 de agosto, os párocos da paróquia Nossa Senhora de Fátima, Côn. Lauro Versiani, e da paróquia São João Batista, Geraldo Martins Dias, reuniram-se virtualmente com o Secretário Municipal de Saúde, Marcus Schitini, e com a assessora de Relações Institucionais, Marilange Santana Pinto Coelho Ferreira, para explicar o sentido do Decreto do arcebispo. Representando os demais párocos da cidade, os padres solicitaram que o Executivo avaliasse a possibilidade e as condições para atender ao que está disposto no documento da arquidiocese.

Os padres deixaram claro, no entanto, como determinam as orientações arquidiocesanas, sua disposição de acolher a decisão dos órgãos municipais competentes, bem como de continuar colaborando com o município na defesa e no cuidado da vida nesse tempo difícil e delicado causado pela pandemia do novo coronavírus.

Autor: Paróquia Santa Rita de Cássia – Viçosa – MG