Meditações sobre a Misericórdia
Após mais uma revelação do Senhor, Santa Faustina, se entrega totalmente à conversão dos pecadores, em um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Com o organismo fraco, desenvolve uma tuberculose. No dia de sua morte, recebe o viático, mas recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”.
Plenamente unida a Deus, irmã Faustina, falece no dia 5 de outubro de 1938, com 33 anos. A abertura do seu processo de beatificação e canonização foi em 1967 pelo então cardeal Karol Wojtyla, seu conterrâneo, e que depois se tornaria o papa João Paulo II. Santa Faustina foi a primeira santa a ser canonizada neste novo milênio.
Maria, Mãe da Misericórdia
Para Santa Faustina, para alegrarmos o coração de Deus basta falarmos ao mundo da Sua grande e insondável misericórdia. Por esse motivo, ela se tornou uma grande propagadora da Misericórdia Divina: “As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte, não serei para elas Juiz, mas sim, Salvador misericordioso” (1075).
Trecho do Diário – Assim, narra a Santa:
Jesus me revelou: “[nas] provações não perca a paz, vive minha presença, pede o auxílio da Minha Mãe e dos Santos” (1560)
“Maria, minha Mãe e Senhora, entrego-Vos a minha alma e o meu corpo, a minha vida e a minha morte e tudo o que vier depois dela. Deposito tudo em Vossas mãos, ó minha Mãe. Cobri a minha alma com o Vosso manto virginal e concedei-me a graça da pureza do coração, da alma e do corpo. Defendei-me, com o Vosso poder, de todos os inimigos, especialmente daqueles que escondem a própria maldade com a máscara da virtude. Ó lindo Lírio, Vós sois para mim o espelho, ó minha Mãe!” (79)
O que nos ensina Santa Faustina?
Para Santa Faustina, assim como nos narra o Magistério da Igreja, Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (DM, n.9). O Catecismo da Igreja Católica dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (2677). Depois, rezamos na “Salve Rainha”, “mãe de misericórdia” e “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”. Maria é a mãe que gerou a Misericórdia Divina, foi ela quem rezou no Magnificat “a sua misericórdia se estende de geração em geração”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia” (Lc1,50.54).
Maria viveu como ninguém as misericórdias do Senhor, por isso, seu testemunho nos mostra o caminho de santidade e união com seu Filho Jesus. Quando caímos, como mãe de misericórdia, não aceita que fiquemos por terra, nos coloca nos braços sem nos julgar; consola-nos, liberta-nos, santifica-nos, porque o Senhor a olhou com misericórdia e está com ela. Por isso é suficiente sussurramos algumas vezes…: “Salve Rainha, Mãe de Misericórdia…”
Oh sangue e água que jorrastes do coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós.
Bibliografia
BÍBLIA SAGRADA. Tradução oficial da CNBB. 2ªed. Brasília: Edições CNBB, 2019.
COMPÊNDIO DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edições Loyola, São Paulo, 2005.
FAUSTINA, Santa. Diário: A misericórdia Divina em minha alma. 41ª ed. Editora Apostolado da Divina Misericórdia: Curitiba, 2013
PAPA FRANCISCO. Exortação Apostólica: Gaudete et Exultate. Paulinas Editora, São Paulo, 2018.
15 dias de Oração com Santa Faustina. Disponível em: <www.misericordia.org.br>. Acesso em: 14 de abril de 2020.