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As virtudes Teologais

Virtudes essenciais para o crescimento espiritual dos fiéis as virtudes teologais são mencionadas por São Paulo que concitava os Tessalonicenses a revestir-se da armadura da fé, do capacete da esperança e da couraça da caridade (1 Tes 5,8: 1,3). Elas unem os féis a Deus, levando-os a viver mais intensamente a presença divina possuída pela graça santificante. A fé leva o cristão a unir-se sem limites àquele que é a verdade infinita, dispondo-o para a visão beatífica. A esperança imerge-o no Ser que é a suprema beatitude o qual deve ser amado sobre todas as coisas, caminhando o batizado para sua posse eterna. A caridade dilata o amor que se deve ter para com Aquele que é imensamente bom e amável acima de tudo e de todos, já se degustando nesta terra um pouco da felicidade perene lá do céu.

São chamadas virtudes teologais porque têm desta maneira a Deus por objeto de modo imediato, sendo que a fé e a esperança sem a caridade são imperfeitas. Na Carta aos Coríntios São Paulo explica: “No presente, nós vemos como num espelho e de maneira confusa; então, veremos face a face. No presente, conheço de maneira imperfeita; então, conhecerei como sou conhecido. Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade’ (1 Cor 13,12-13).

É que a fé não é completa se ela não se manifesta pelo amor e pelas obras. A esperança não é perfeita senão quando nos dá um antegosto da bem-aventurança do céu pela posse aqui na terra da graça santificante e da caridade. Como Deus quer unir os homens consigo e entre eles essa comunhão exige um progresso contínuo e à medida que o cristão cresce na fé e na esperança, aumenta seu amor para com o Ser Supremo. Estre progresso espiritual coincide com o afastamento dos vícios, com o desapego das coisas materiais numa imersão cada vez maior na vida divina. A Bíblia faz sempre considerar o desenvolvimento na santidade existencial a partir do Deus três vezes santo, do seu desígnio a respeito de cada uma de suas criaturas racionais. Assim sendo, o cristão perfeito não é aquele que se dedica a tornar-se tal.

É sim aquele que busca continuamente a Deus e para isto segue as veredas traçadas pelo Criador no qual acredita, do qual espera uma felicidade eterna e, portanto, deve ser amado de todo o coração, de toda sua alma, com todo o seu ser. Aliás, somente assim o ser humano pode deparar sua realização pessoal. As virtudes teologais levam diretamente a um relacionamento vivo com Deus numa conformidade com seus desígnios, numa obediência total à sua vontade santíssima, numa orientação profunda e estável para Ele. Assim sendo, quanto maior é a fé, a esperança e o amor de cada um mais viável se torna a prática de todas as virtudes.

A fé, a esperança e a caridade conduzem, entretanto, não a uma mera conformidade com as diretrizes divinas, mas supõem uma maleabilidade, uma docilidade e fidelidade ao Senhor de tudo, provindo isto do coração daquele que crê, espera e ama o seu Criador. Eis porque as virtudes teologais são a alma de todas as virtudes morais. As virtudes teologais levam a fazer tudo que é bom, justo e leal diante de Deus o qual é buscado de todo o coração. Aí está o motivo pelo qual não obstante as fraquezas humanas, através do arrependimento sincero, o pecador reencontra os caminhos traçados por Deus, como ocorreu com tantos santos que, alicerçados na fé, na esperança e na caridade, abandonaram os vícios e mudaram inteiramente de vida. O reinício da vida espiritual do cristão ocorre então quando alguém se converte a Deus como seu centro vital.

Então o cristão é capaz de corresponder melhor às graças divinas com as quais lhe é possível dominar suas concupiscências e de permanecer continuamente em estado de graça. As virtudes teologais comunicam força para corresponder às inspirações divinas, resistindo corajosamente às paixões desregradas. É possível, desta forma, surgirem os frutos de todas as virtudes m orais animadas pela fé, pela esperança e pela caridade. Surge assim o cristão robustecido interiormente capaz de nunca trair sua vocação para a santidade. Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.

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