A família de Jesus

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Após a apresentação de Jesus no templo de Jerusalém, diz São Lucas que
Ele e seus pais voltaram para Nazaré, onde o Menino “crescia robusto,
cheio de sabedoria e a graça de Deus estava com ele” (Lc l 22-40).
Uma família santa, perfeita, normal em perpétua busca do equilíbrio.
José e Maria custodiavam Aquele que era o “Messias do Senhor, luz das
nações pagãs e gloria de Israel”. Por sua encarnação Jesus escolheu a
humanidade inteira como família. A Bíblia apresenta o tema da Aliança
entre o céu e a terra, entre Deus e homem. Do Gênese ao Apocalipse,
Ele se revela como um Pai que quer estender sua família trinitária
por toda a terra. Todos os seres humanos devem se considerar então
irmãos e irmãs. Um ícone sublime desta verdade é, portanto, a Sagrada
Família de Nazaré, a qual é uma referência, um modelo para as famílias
de todos os tempos. Com efeito, nesta família nasce Jesus o santo de
Deus e suas três pessoas tinham em comum, antes de tudo e sobre tudo,
o amor divino, anteriores a suas relações afetivas recíprocas. O
mistério da Encarnação, cuja grandiosidade é meditada durante o tempo
litúrgico do Natal mostra Jesus como o Filho de Deus, primogênito de
uma multidão de irmãos. É assim o tipo da humanidade que acolhe Deus,
mesmo porque a família não é um modelo meramente sociológico, mas deve
ser um exemplar de inspiração e de imitação. José e Maria vivendo
inteiramente em função de seu divino Filho, a mostrarem que primordial
é o dever de educação dos Pais, que necessitam ser os educadores por
excelência, de tal modo que sua progênie possa exercer plenamente seu
papel no mundo em todos os aspectos. Eis porque a família é um lugar
importantíssimo para o engrandecimento de toda a humanidade. José
acolheu Jesus e Maria com uma fé profunda e assumia a responsabilidade
de pai desta família, conformando sua vida não a seus projetos, mas
aos desígnios de Deus, Maria em tudo que ocorria em seu derredor, de
São José e de Jesus, guardava e meditava em seu coração, tendo
absoluta confiança na providência divina. Belo exemplo de José e Maria
que amavam Jesus não com seu próprio olhar, mas tentando captar o
pensamento de Deus e, por isto, perscrutavam cuidadosamente como
deveriam agir com relação a Jesus. A vida de uma família não está
nunca já escrita, mas está sempre em construção e, por vezes, numa
edificação dentro de um cotidiano, rude, difícil, imprevisível. Aí
porque a sabedoria e a dedicação dos pais e a compreensão dos filhos é
imprescindível. A solenidade da Sagrada Família vem lembrar que a
missão dos pais e dos filhos não é algo fácil e que, com exceção da
Sagrada Família de Nazaré não há família perfeita. Assim sendo cumpre
reconhecer em cada membro de nossas famílias pessoas que devem ser
amadas, respeitadas, acompanhadas, orientadas. Jesus, Maria e José
souberam discernir e aceitar os planos divinos e, apesar das
tribulações que enfrentaram, cumpriram sua nobre missão. Por tudo
isto, não se trata de idealizar todas as famílias, porque sempre
aparecem as rupturas, as dores, e até as violências familiares,
sobretudo num mundo tão turbulento como o atual. O que cabe ao cristão
é minimizar todos os males que atacam a estrutura familiar tudo
fazendo para que brilhe por toda parte os reflexos da grandeza da
família de Jesus. Não querer nunca enquadrar os outros em moldes
individuais, mas acolher o outro não como o queremos que seja, mas tal
como ele é, fazendo sempre com perspicácia os ajustes necessários,
pois só Deus é perfeito A vida conjugal e familiar é um dos lugares
fortes da existência na qual se estuda a maneira de aceitar a
realidade assim como ela é e não como a queremos que seja. Na tradição
cristã a família é a primeira célula da Igreja, ou Igreja em
miniatura. Na família se aprende respeitar os pais e estes a acatar e
amar os filhos; os jovens a amar os anciãos e estes a ajudar os moços.
A família é uma escola de perdão e de partilha; de abertura para os
outros, de compreensão mútua. Da família de Nazaré saiu o Redentor da
humanidade, nas famílias cristãs se formam missionários, devotados
apóstolos, mesmo porque os pais devem ser os primeiros catequistas dos
filhos. O mundo será, de fato, feliz quando os pais, como acentua
belíssimo cântico, se assemelharem plenamente a José, as mães a Maria
e os filhos a Jesus! E fica, então, a pergunta: “Será porque mundo
não consegue entender o que se deu em Nazaré? Professor no Seminário
de Mariana durante 40 anos.

 

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