A santidade de Jesus

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O próprio espírito do mal, o demônio, reconheceu a santidade de Jesus:

“Sei quem tu és, o santo de Deus” (Mac 1, 21-28). Segunda Pessoa da
Trindade Santa, que se fez homem e habitou entre nós é Ele então
gloriosamente aclamado nas Missas: Só vós sois o Santo, só vós sois o
Senhor, só vós sois o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito Santo
na glória de Deus Pai”. Já no Antigo Testamento, quando se falava da
santidade de Deus, se proclamava a majestade divina, deixando clara a
distância entre o Criador e suas criaturas. Santidade, porém refletida
sobre todas as coisas criadas, tudo tendo um caráter sagrado por ser
uma ação de Deus. Esta santidade vista também como uma plenitude de
vida oferecida aos seres racionais, abrindo-se Deus à comunhão com
eles. Possuído da plenitude desta santidade, Jesus, que a todos
impressionava pelos seus milagres e pela sublimidade de sua doutrina,
provocou a famosa aclamação do próprio satanás na sinagoga de
Cafarnaum. É que impressionantes eram, de fato, as obras e a palavra
de Jesus e diante de sua santidade até as forças do mal se viram
forçadas a proclamar tal verdade. Jesus estava, de fato, repleto
daquela santidade que vem de Deus e que revelava sua divindade.
Através dos tempos o fulgor de sua vida vem contrastando com a
autossuficiência humana e sua palavra viva e poderosa quer sempre
penetrar como uma espada do Espirito até o fundo dos corações, lá no
íntimo de cada um, onde se decidem o acolhimento ou a recusa, o
diálogo ou o mutismo, a docilidade ou a rejeição, a sinceridade ou a
dissimulação, a esperança ou o desespero. A santidade de Jesus, porém,
exige de quem O conhece e ama uma doação completa longe de toda
miserável autonomia e soberba. O encontro pleno com Jesus, o Santo de
Deus, é que torna cada um livre ao acolher todo seu esplendor sempre
inebriante para quem se imerge na sua realidade de Filho de Deus.
Cumpre, sempre interrogar ao divino Salvador a cada momento de nossa
vida o que Ele quer de nós e, com coragem e sinceridade, fazer o que
Ele pede com a certeza de que sua santidade conduzirá à própria
salvação que deve ser buscada decididamente, apesar das invectivas do
espírito do mal. É preciso, em todas as circunstâncias, ter em mente
ser necessário um crescimento profundo dentro de si de Jesus porque a
compreensão de sua ação demandará reflexão e a significação do bem a
ser realizado não aparece de mediato. Nossa maneira de compreender os
apelos sobrenaturais é marcada profundamente pelo nosso modo como nos
conhecemos a nós mesmo e supõe uma conversão na nossa maneira de
pensar, de ver, de ser, que deve, além do mais, enfrentar os
obstáculos do espírito diabólico. Por isto tudo que se deve fazer
necessita ser pesado segundo o seu justo valor, num afastamento
destemido do erro. Os santos aconselham que se deve pensar o que Jesus
faria naquele momento no qual se está em dúvida de como se deve
proceder. Vinda, porém a inspiração divina, há necessidade de
segui-la corajosamente. Jesus falava e fala sempre com autoridade e é
com Ele que se vencem as potencias infernais. São Paulo ensinava aos
romanos: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; não vos abandoneis às
preocupações da carne para satisfazer suas cupidezes! (Rm 13,14). É
que os cristãos devem trazer Jesus, o Santo de Deus, como uma
vestimenta. Eles se esforçam então por imitar suas qualidade e sua
maneira de agir, procurando ostentar, mesmo que imperfeitamente, a
imagem do Mestre divino. Este Apóstolo incitava então a Timóteo a
praticar a palavra de Jesus no meio de muitas provações, com a alegria
do Espirito Santo (1 Tm 1,6-7). Tenhamos, portanto, sem cessar diante
de nós a figura de Jesus, o Santo de Deus, porque Ele mostrou uma
admirável sabedoria e perfeição. Todos os que O ouviram se extasiaram
perante sua inteligência. Multidões ficaram maravilhadas com as
palavras que saiam de sua boca. (Lc 4,22). São Pedro proclamaria que
Jesus tinha palavras de vida eterna (Jo 6,68). Jesus praticou todas
as virtudes em grau eminente Ressalte-se particlarmente seu imenso
amor para com o Pai e afirmou que o mundo soubesse que ele amava o
Pai e que fazia tudo que o Pai Lhe havia preceituado (Jo 14,21).Sua
caridade para com todos O comoveria profundamente como ocorreu
diante da viúva no o cortejo fúnebre de Naïm e O faria chorar ante
o túmulo de seu amigo Lázaro, Caridade afetiva, mas também efetiva
que O levaria não só a ressuscitar mortos, como também a curar
inúmeros doentes. Sua caridade não era fraqueza, porque Ele repreendeu
os vícios, chamou a atenção dos profanadores do templo. Caridade sem
limites que O levou a dar a vida pela humanidade pecadora. Todos
poderiam contemplar nele um modelo das mais peregrinas virtudes e Ele
podia determinar a todos que O imitassem. Tudo isto porque Jesus era
em plenitude o Filho de Deus. Professor no Seminário de Mariana
durante 40 anos.

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