Assembleia Geral da CNBB

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‘A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou a 57ª Assembleia Geral (AG), entre os dias 1º a 10 de maio, na cidade de Aparecida (SP). De acordo com o Estatuto Canônico da CNBB, a Assembleia é o órgão supremo que reúne todos os pastores, isto é, os bispos das dioceses brasileiras…’

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou a 57ª Assembleia Geral (AG), entre os dias 1º a 10 de maio, na cidade de Aparecida (SP). De acordo com o Estatuto Canônico da CNBB, a Assembleia é o órgão supremo que reúne todos os pastores, isto é, os bispos das dioceses brasileiras. Acontece ordinariamente, uma vez por ano, e extraordinariamente, quando é convocada para fins determinados e urgentes.

Quem participou?

Todos os bispos da CNBB, em atividade, são convocados para participar da AG, enquanto os eméritos e bispos não-membros da CNBB podem ser convidados a participar. 309 bispos puderam participar da Assembleia com direito a voto, salvo aqueles que justificaram a ausência. Além destes,30 a 40 dos 171 bispos eméritos – “aposentados”, ou seja, aqueles que já tiveram sua renúncia aceita pelo Papa, por motivos de idade ou de saúde – estiveram presentes, podendo opinar, mas sem direito a voto. Outro grupo presente foram os administradores apostólicos ou diocesanos, os quais estão a frente, pelo menos temporariamente, de uma diocese. Por fim, participaram da Assembleia alguns representantes de organismos e pastorais da Igreja.

Temas principais

A Assembleia trata de assuntos de evangelização, no campo pastoral e espiritual, e de problemas ligados à vida das pessoas e da sociedade. Neste ano, os bispos brasileiros, marcados pelo espírito de “participação, comunhão e missão” – como afirmou o cardeal arcebispo de Brasília e ex-presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha, dedicaram-se, principalmente, à aprovação do texto final das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), para o quadriênio 2019-2023. Outro objetivo foi a realização da eleição da nova presidência da CNBB, composta pelo presidente, vice-presidente e secretário geral, para os próximos quatro anos. O novo Presidente Eleito da CNBB é Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG). Segundo ele, trata-se de grande responsabilidade assumir a presidência no contexto atual, pois os desafios são muitos. “Precisamos trabalhar unidos para que a Igreja seja, cada vez mais, missionária,’em saída’, conforme nos pede o Papa Francisco, inspirado no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo” – afirmou D. Walmor.

Outras atividades

Além das atividades relacionadas aos temas principais, houve a eleição de doze presidentes das Comissões Episcopais de Pastoral, dos representantes de alguns regionais da CNBB, e do delegado e suplente para a Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). A pauta de toda a Assembleia ainda reservou tempo para assuntos relacionados à liturgia; à doutrina da fé; à apresentação do relatório do trabalho das comissões de pastoral; a comunicações de temas variados; entre outros. Os bispos também enviaram uma mensagem ao papa e ao povo brasileiro. A missa foi celebrada durante todos os dias, entre os quais foram divididas as várias sessões para a discussão dos assuntos referidos acima. Ainda aconteceu, como de costume, o retiro dos bispos, no sábado (04/05) ao domingo (05/05). No dia 10, realizou-se a cerimônia de posse da nova presidência.

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE)

Dom José Belisário, arcebispo de São Luís (MA) e coordenador da comissão de redação do texto das novas diretrizes, ressaltou que houve a tentativa de traduzir as preocupações da Igreja no Brasil, sobretudo no que diz respeito à cultura urbana, a qual foi o pano de fundo para a construção do material. O texto das DGAE aprovado pelos bispos apresenta quatro pilares, sob os quais a Casa de Deus é construída: Palavra de Deus, fundamento da evangelização; Liturgia, como espiritualidade da Igreja; Caridade, que nos impele para a construção de um mundo melhor; e a Missão, já que a Igreja não vive para si. De acordo com o bispo, as diretrizes servem de orientação para a atuação da CNBB e inspira o trabalho da Igreja no Brasil. Nesse caso, cada diocese, quando realiza a sua assembleia local, procura assumir os mesmos objetivos das DGAE, de maneira que os adapte a sua realidade. Isso mostra a beleza da comunhão, mesmo na diversidade da Igreja.

Mensagem ao Povo Brasileiro

Os bispos do Brasil dirigiram uma Mensagem a todo o povo, desejando que as alegrias do tempo pascal renovem a nossa fé em Jesus Cristo Crucificado-Ressuscitado, para vencermos com esperança tudo o aquilo que nos aflige. Por um lado, constataram o esforço das comunidades e pessoas que testemunham o Evangelho, consumindo suas vidas em favor do Reino de Deus; por outro, chamaram a atenção para que não nos acomodemos nem nos alienemos diante das situações de morte presentes em nossa realidade, as quais ameaçam os filhos e filhas de Deus, como a crise ética, política, econômica e cultural; a corrupção; o crescente desemprego e a violência. “O Brasil que queremos emergirá do comprometimento de todos os brasileiros com os valores que têm o Evangelho como fonte da vida, da justiça e do amor.”


Fonte: Site da CNBB e da Arquidiocese de Mariana.

Fabiano Henrique de Matos

Seminarista da Arquidiocese de Mariana

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