Jesus batizou com o Espírito Santo

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São João Batista aconselhou claramente aos que o escutavam que
preparassem o caminho do Senhor, mesmo porque Jesus batizaria com o
Espírito Santo (Mc 1,1-8). Eis porque a fé e a esperança, intimamente
conjugadas, imergiriam o cristão em realidades sublimes. A fé sempre
alimentada na vivência da obra salvadora de Deus e a esperança
colocando o batizado no limite da realização das promessas feitas por
Deus que se cumprirão após a trajetória de cada um neste mundo. É
quando se dará o acabamento dos esforços na luta pela justiça, pela
paz e pela verdade pregadas pelo Filho de Deus. É nesta plenitude do
amor de Deus que passaria a viver quem fosse batizado no Espírito
Santo. Tal foi o importante ministério do Batista, dado que Jesus
lançaria neste mundo o germe do Reino de Deus do qual participaria
quem bem se preparasse para cumprir os compromissos batismais. A
presença de Deus e sua obra salvadora no coração de cada fiel, com a
força de notáveis virtudes, constituiriam assim a realidade dessas
promessas que terão seu acabamento após esta vida terrena. Eis aí o
cerne glorioso da esperança cristã que se apoia na certeza da
fidelidade divina que paira acima das realidades terrenas. A primeira
etapa da realização das referidas promessas se dá pela presença de
Deus no coração de quem crê e esta presença é o motor do agir do
cristão na própria vida e na sua atuação junto dos outros,
constituindo isto a essência da história do cristianismo. Deste modo,
o batizado vive no presente, mas voltado para o futuro, porque
acredita em tudo que o Redentor prometeu. Quem crê, acolhe então o
Natal dentro de si mesmo através de uma vida de penitência e
arrependimento das próprias faltas, como ensinou João Batista. Ele era
a voz que pregava no deserto bem o símbolo de tantas situações que
viveriam os batizados uma vez que é no deserto, isto é, no silêncio
interior, que ressoará sempre este seu apelo: “Preparai o caminho do
Senhor”. Eis aí a Boa Nova de Jesus Cristo, o Filho de Deus que São
Marcos desenvolverá no seu livro, cuja introdução contém tão ricos
ensinamentos Não se trata de uma mera filosofia ou de um determinado
programa, mas de um ensinamento profundo que verdadeiramente clareia e
salva. Trata-se do contato amoroso não com um personagem qualquer, mas
com Jesus Cristo e as outras Pessoas da Santíssima Trindade. Assim
surge um Rei envolto não em esplendores terrenos, mas alguém que só
será reconhecido por aquele que estiver revestido da humildade, longe
de toda soberba interior, apartado de qualquer vaidade exterior. Para
que tudo isto se concretize nas vicissitudes da existência de quem foi
batizado no Espírito Santo é preciso, além da comunhão eucarística, o
alimento da Palavra revelada, adaptando-se à mesma as atividades
cotidianas, buscando resultados espirituais que fortificam a união com
Deus, levando à prática de sua vontade santíssima. Trata-se da
adoração ao Senhor de tudo em espírito e verdade Eis porque é preciso
a tranquilidade interior para que as luzes divinas envolvam o cristão
a fim de que ele reflita e assimile os recados vindo da Trindade Santa
que habita no fundo do coração de quem se acha em estado de graça.
Então há condições para sejam feitos pedidos afim de solucionar tudo
aquilo que é contrário aos desígnios divinos. Os obstáculos ao
crescimento espiritual são afastados. Deus abomina expressões vazias e
falsas promessas. O verdadeiro cristão deve primar no cumprimento do
dever cotidiano, afastando tudo que contradiga qualquer um dos
preceitos do Decálogo. É preciso que Deus, realmente, ocupe toda a
vida do batizado que se submete inteiramente a Ele. Isto no desapego
dos bens temporais e rejeitando corajosamente as vantagens obtidas com
fraudes, tendo em mira as mansões eternas e infindas nos céus. Certo
de que a glória presente é passageira, ilusória e vã, quando endeusada
longe da eternidade celeste, obediente aos preceitos do Senhor, quem
foi batizado no Espírito Santo deseja continuamente em tudo a riqueza,
mas lá na pátria verdadeira onde os ladrões não arrombam nem furtam,
nem se desfazem estes bens pela ferrugem ou pela traça. É para lá que
deve tender o cristão com desejos ardentes e amor profundo, muitas
vezes, se voltando para destino tão maravilhoso. Cumpre refletir sobre
tudo isto na caminhada de preparação até o Presépio. Professor no
Seminário de Mariana durante 40 anos.

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