Mãe Zita, Vida de minha Vida

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No dia 25 de julho de 2020, celebramos o 95º aniversário de nascimento de minha Mãe, AMBROSINA MENDES QUINTÃO, carinhosamente conhecida como Zita. Uma mulher guerreira que deixou como marca registrada a ternura transbordante de uma alegria inerente ao seu perfil caracterológico.

Aproximava-se o dia 2 de novembro de 2010. Na véspera, despedi-me dela no Hospital Life Center, em Belo Horizonte, com a premonição de que ela partiria mesmo no Dia de Finados. Suas forças estavam poucas e, por assim dizer, querendo nos poupar de acumular datas fúnebres, ela utilizaria aquele dígito do calendário para completar a sua jornada nesta existência temporal. Regressei-me à Paróquia e, com o coração partido por tê-la visto tão meiga como sempre foi e agora se apagando como um luzeiro luminoso de paz e altruísmo. Presidi a Missa das 15 horas no mesmo instante que ela falecia: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Só me falta agora receber a coroa indestrutível da Glória Eterna!” (2 Tm 4,7s). Os Céus tinham me contado, e alguém me disse: “Eu estava naquela Missa e percebi que você a entregou no Coração Eucarístico de Jesus!”.

Com 85 anos, na sagrada hora “Nona”, ou seja,15 horas, do alto da Cruz de seu Calvário, AMBROSINA MENDES QUINTÃO, “Mãe Zita”, adormeceu em Cristo. Hoje a saudade se tornou memória agradecida, cheia de conforto espiritual!

Conservo, cheio de gratidão, seu exemplo e inúmeras lições de vida. Por meio de sólida formação Cristã, deu tudo de si para ver profícuo nosso lar, como verdadeiro santuário da vida. Ao lado de Papai, aquela costureira, tão prendada também nas artes culinárias, abraçou com eficiente liderança a constituição do patrimônio espiritual e material de nossa família. Nos meses de sua internação hospitalar em Belo Horizonte, ela sempre dizia: “Eu sou Mãe de nove filhos e um deles é PADRE!”

Devota de Santa Rita de Cássia, pude observá-la, desde minha infância, como fez de cada quinta-feira o dia daquela que foi modelo de Filha, Esposa, Mãe e Conselheira. Com isto, posso afirmar que eu já nasci devoto de Santa Rita de Cássia. Ser Pároco onde Santa Rita é a Padroeira da Cidade e de seu Município me faz cultivar uma memória agradecida da Minha Mãe que me transmitiu, até por osmose, esta afinidade espiritual que tanto nos auxilia no caminho da santidade de nossas vidas.

Mais um legado de Mãe Zita eu confirmei ao conhecer Floripes Dornelas de Jesus, a Lola, em Rio Pomba, uma Apóstola do Sagrado Coração de Jesus. Posso testemunhar que a Mamãe ingressou cedo nas fileiras do Apostolado da Oração e me fez entender a expressão da Lola de que “A Fita do Apostolado da Oração é vermelha porque representa o Amor do Coração de Jesus por todos nós!”. De fato, até o final de seus dias entre nós, Mamãe nunca se esquecia de celebrar as Primeiras Sextas-F+eiras de cada mês. Por vezes ela me dizia: “Você não se esqueceu de que hoje é Primeira sexta-feira não, não é?”.

Buscou a Deus de coração sincero e reto, deixando-nos um indelével legado. Seu sepultamento parecia uma festa, a Festa da Ressurreição, naquela tarde chuvosa em que os Céus choravam a partida de uma inigualável Mãe. Concelebrei a Santa Missa Exequial ao lado de Dom Geraldo Lyrio Rocha que a presidiu com mais de 30 Sacerdotes. O compadecimento de seus amigos e dos amigos de seus filhos e familiares fez daquela tarde, em Abre Campo, um tributo à Serva bondosa e fiel que entrou no repouso do seu Senhor! Sua Páscoa foi um bálsamo que curou as feridas daquela perda e trouxe o perfume do Ressuscitado, no testemunho de MÃE ZITA, VIDA DE MINHA VIDA!

Pároco de Santa Rita de Cássia, em Viçosa

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